Comunicados da Imprensa

“Ninguém tem tendência a mudar a menos que seja convidado a fazê-lo”

Na realidade, o chamado da Laura para servir uma missão provavelmente nunca teria acontecido sem a fé do seu professor do Instituto. Mais do que estar satisfeito por poder ensinar na classe de Instituto da Estaca, este homem tinha tomado sobre si a responsabilidade de visitar os que faltavam às suas aulas, convidando-os pessoalmente a frequentar o curso. Certo dia regressou a casa completamente desanimado. O seu convite tinha sido rejeitado por diversos jovens adultos que argumentaram não necessitar do seu curso para ter alegria na vida. Foi até à sua sala e ajoelhou-se em oração, suplicando ao Salvador por consolo. Após o que, sentiu uma paz que invadiu o seu ser e um nome surgiu-lhe na mente: Laura

A Laura era uma jovem adulta da Estaca que já não frequentava a Igreja há cerca de um ano. Ele teve a distinta sensação que deveria ir a sua casa e convidá-la a voltar à Igreja e a comprometer-se a servir uma missão! Surpreendentemente, ele decidiu seguir os sussurros do Espírito e dirigiu-se à casa dos pais da Laura. Ela aceitou recebê-lo e escutou, atentamente, enquanto ele prestou o seu testemunho acerca do princípio do arrependimento e do amor infinito do Salvador. Quando ele mencionou a parábola do Filho Pródigo, ambos começaram a chorar. Ela, então, comprometeu-se a assistir às reuniões da Igreja nesse Domingo e para grande espanto do seu professor, ela acrescentou com voz trémula pela emoção: “Gostaria de servir uma missão!” O princípio de “convidar outros” faz parte da essência do evangelho de Jesus Cristo. Pensemos das inúmeras vezes que o Salvador nos convidou a vir até Ele, “como a galinha ajunta os pintos sob as asas.” (2)

Com as mãos estendidas e uma voz cheia de compaixão Ele nos diz: “meu braço de misericórdia está estendido para vós e aquele que vier, eu o receberei; e benditos são os que vêm a mim.” (3) Ele faz de nós – os seus Discípulos – os porta-vozes desse seu convite. “Tendes enfermos entre vós? Trazei-os aqui. Há entre vós coxos ou cegos ou aleijados ou mutilados ou leprosos ou atrofiados ou surdos ou pessoas que estejam aflitas de algum modo? Trazei-os aqui e eu os curarei, porque tenho compaixão de vós; minhas entranhas estão cheias de misericórdia.” (4) Trazer outros a Cristo vai para além de uma conversa com eles ou mesmo de os ensinar. Ao sabermos que “as pessoas não têm tendência a mudar a menos que sejam convidadas a fazê-lo,”(1) todo o nosso ensino deve levar um convite para agir. Será que nos sentimos satisfeitos por apenas conversarmos acerca do evangelho com os nossos amigos ou também os convidamos a ler o Livro de Mórmon, a assistir às reuniões da Igreja ou a receber os missionários? Será que nos limitamos em mantermo-nos em contacto com os nossos irmãos menos activos ou vamos mais longe e convidamo-los a assistir às reuniões da Igreja ou a ir ao Templo? Será que ensinamos acerca da importância de servir uma missão ou estendemos a todos os jovens rapazes o convite de servirem uma missão? Será que terminamos as nossas aulas com um convite que leve os nossos alunos a mudar algo na sua vida? Será que cada membro da Igreja é convidado, individualmente, pelos seus líderes a receber as ordenanças essenciais do evangelho? Por vezes podemos recear a rejeição ou a reacção dos outros. Ou talvez os julguemos ou pensemos que não estão preparados, ou dignos ou, simplesmente, que não são capazes de atender ao nosso convite.

Na realidade, são poucas as circunstâncias que conheço que nos podem impedir de estender um convite. Convidar alguém é, acima de tudo, um acto de fé e de amor. Quando convidamos à maneira do Senhor, temos a promessa que aqueles que Ele preparou reconhecerão a Sua voz na nossa. O Bom Pastor disse: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem.” (5) Aquela voz mansa e delicada é suficientemente ponderosa para motivar outros a querer mudar.

A Presidência da Área estabeleceu, recentemente, a meta de duplicar o número de membros activos na Europa durante os próximos dez anos. Esta visão não requer nem programas, nem organizações complexas, nem métodos especiais para ser alcançada. Ela depende da fé de cada indivíduo. Se cada membro da Igreja trouxesse de volta a Cristo uma única alma, seria o suficiente para duplicar a frequência de todas as Alas e Ramos da Europa. Sei que podemos fazê-lo. Precisamos de convidar outros segundo a maneira do Senhor. (1) Pregar Meu Evangelho, pág. 196
(2) 3 Néfi 10:4
(3) 3 Néfi 9:14
(4) 3 Néfi 17:7
(5) João 10:27

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